Análise: Patapon (PSP)

por Wagner Araújo

Patapon!Música + Estratégia = Patapon, parece uma fórmula simples, e de fato é, porém foi dessa simples fórmula que nasceu um dos jogos que recentemente tem atraído a atenção dos donos de PSP (e dos não-donos também), baseando-se num sistema de batidas rítmicas e com gráficos cartunescos em 2D Patapon é a nova aposta do estúdio japonês (o mesmo que desenvolveu o também cartunesco LocoRoco).

Pata Pata Pata Pon

Mas em que consiste Patapon? No jogo você encarna na pele de uma divindade, você é o Almight (Todo-Poderoso), o deus cultuado pelos Patatpons, e como uma divindade que se preze você não vive apenas de oferendas e orações você tem como objetivo conduzir os Patapons ao Earthend, uma espécie de terra prometida, porém chegar até lá envolve muitas dificuldades, entre elas a ferrenha oposição dos Zigotons, inimigos mortais de seus adoradores.

Para enfrentar os Zigotons e os demais desafios no caminho até o fim do mundo você deve tocar os tambores de guerra divinos e é no ritmo de sua batida que os Patapons avançam e executam as manobras de combate rumo a vitória. Existem cinco movimentos de combate (ou canções) que são aprendidos no decorrer do jogo, cada um desses movimentos consiste num conjunto de quatro batidas representadas pelos quatro botões, cada botão tem um som e ao apertá-los no ritmo correto você faz com que os Patapons executem ataques, defesas e demais movimentos, além das cinco canções de combate existe ainda a batida especial para realizar “milagres”, como fazer chover, causar terremotos ou tempestades.

Pon Pon Chaka Chaka

Além de comandar as tropas você também escolhe quase unidades colocar no campo de batalha, inicialmente você conta com arqueiros, lanceiros e soldados de infantaria, com o tempo você vai resgatando as essências de outros guerreiros que podem ser incorporados ao exército, como cavaleiros e brutamontes e para cada unidade existem armas e equipamentos que podem ser selecionados para aumentar os status dos Patapons.
A jogabilidade é bem simples, no entanto muitos elementos fazem prevalecer a estratégia, fatores como a direção em que o vento sopra ou a escolha das unidades certas para enfrentar os inimigos acabam fazendo de Patapon um jogo mais complexo do que aparenta nos primeiros momentos, até mesmo as unidades podem ser criadas de diferentes maneiras misturando elementos mais poderosos do que os sugeridos.

Patapon!

Pon Pon Pata Pon

É difícil definir Patapon, são jogos que só mesmo jogando para perceber a proposta do desenvolvedor, o jogo é composto também de outros elementos que não citei como mini-games rítmicos que fornecem elementos para a criação de diferentes versões de Patapons e equipamentos. As fases podem se tornar um pouco repetitivas já que algumas vezes você se verá obrigado a retornar as fases de “caça” para coletar itens e Ka-ching a “moeda” usado para criar unidades. Os mestres enfrentados podem ser “re-enfrentados” quantas vezes você quiser, mas a cada vitória ele se torna mais poderoso e combate-los é uma boa maneira para conseguir itens e Ka-ching.

Eu recomendo totalmente o título, estou com mais de quinze horas de jogo e pertinho do final, a história é bem simples porém o carisma das criaturinhas te faz seguir em frente, o lado estratégico é bem apurado e as várias combinações para gerar Patapons garantem várias horas de jogo. Sintam-se alertados pois Patapon vicia.

Confira abaixo um pequeno vídeo que fiz apresentando a jogabilidade de Patapon (com sérias restrições orçamentárias)

“Depois de um mês gasto para tirar as musiquinhas de LocoRoco da cabeça agora vou precisar de mais seis para esquecer as de Patapon… Pon Pata Pon Pata, Don DonDon DonDon… AHHHHHHHHHHHHHH!”